A empresa americana de chicletes, doces e colecionáveis Topps foi acusada nesta quarta-feira, 17, de racismo contra os membros do grupo coreano BTS. Recentemente foram lançados cards com alusão a violência.
Nos cards colecionáveis, é possível ver os membros do grupo sendo feridos por um gramafone, que remete à premiação do Grammy. A peça fazia parte de uma edição colecionável “Garbage Pail Kids: The Shammy Awards”, que retratavam também outros artistas como Taylor Swift, Bruno Mars, Billie Eliish e Harry Styles.
Um usuário comentou: “Vocês podem explicar por que escolheram ilustrar o BTS dessa forma? Os outros artistas que vocês incluíram não têm representação de violência em suas ilustrações. Por que isso passou?”
Os ARMYs, como são chamados os fãs do BTS, levantaram a #RacismIsNotComedy no Twitter e condenaram a coleção. Nas mensagens, eles pedem respeito pelo grupo e relembraram o tiroteio desta terça-feira, 16, na Georgia, EUA, em que oito pessoas, a maioria mulheres de origem asiática, morreram no spa Young’s Asian Massage. Os usuários da rede social também reavivaram a pauta do racismo contra pessoas amarelas, principalmente após a pandemia, já que não raramente são vistos como culpados pela disseminação do novo coronavírus, que surgiu na China no final de 2019.
Em resposta à repercussão negativa, a empresa publicou uma retratação em suas redes sociais: “Nós ouvimos e entendemos nossos consumidores que estão chateados com as representações do BTS nos produtos do ‘GPK Shammy Awards’ e pedimos desculpas por incluí-lo. Nós removemos o cartão de adesivo do BTS da coleção, não imprimimos nenhum dos cards e eles não estarão disponíveis”.
No último domingo, 14, o BTS apresentou-se, pelo terceiro ano consecutivo, no Grammy Music Awards, o maior prêmio mundial da indústria da música. Devido às restrições de viagem para o local do prêmio, em Los Angeles, EUA, o boy group gravou sua apresentação em Seul, na Coreia do Sul. Eles concorreram na categoria ‘Melhor Performance Pop em Duo/Grupo’, mas não venceram.