A segunda temporada de Ginny e Georgia foi confirmada pela Netflix, nesta segunda-feira (19). Após ter sofrido críticas ao humor de cunho sexista e a controvérsia ao tratar de questões birraciais em algumas cenas, o elenco anunciou a notícia em um vídeo divulgado nas redes sociais da plataforma.
Veja o vídeo:
O Enredo
Na trama, acompanhamos a história de Ginny (Antonia Gentry), uma adolescente que acaba de se mudar para a pequena cidade de New England com seu irmão mais novo Austin (Diesel La Torraca) e sua mãe, Georgia (Brianne Howey), uma mulher jovem e ambiciosa, dona de um passado conturbado. A relação mãe e filha é de grande proximidade, fazendo com que hajam referências à Gilmore Girls já no primeiro episódio. Entretanto, nem tudo são flores, ocorrem diversas desavenças entre ambas ao longo do enredo.
Por enfatizar a rotina de Ginny, a série traz uma cara teen, contando com primeiros romances, novas amizades e bailes de escola. Contudo, Ginny e Georgia mostra seu lado obscuro com a vida de Georgia. Por ter engravidado na adolescência e possuir um relacionamento familiar complicado na convivência de um padrasto agressivo, a personagem carrega diversas consequências dos atos que precisou cometer para criar sua filha e sobreviver sozinha após sair de casa.
Confira o trailer da 1ª temporada de Ginny e Georgia
As polêmicas de ‘Ginny e Georgia‘
Atenção! Alerta de spoiler.
A série estreou em fevereiro de 2021 e passou dias entre as Top 10 mais assistidas da Netflix no Brasil, um verdadeiro sucesso na plataforma. Porém, existem diversas críticas voltadas à abordagem do roteiro em determinados aspectos, como piadas sexistas feitas por personagens e questões sobre a birracialidade de Ginny.
Em um episódio de discussão entre Ginny e Georgia, a filha adolescente faz um comentário sexista associando sua mãe à cantora norte-americana Taylor Swift: “Por que você se importa? Você passa por homens mais rápido do que Taylor Swift”, diz Ginny. Mencionada, após concluir a série, a cantora se posicionou em suas redes sociais, desapontada com a Netflix pela ‘piada’ descabida e preguiçosa à respeito das mulheres.
Acerca da birracialidade, por ser fruto de um relacionamento entre uma mulher branca e um homem negro, Ginny perpassa por um caminho de questionamentos sobre sua identidade. O pai de Ginny não é presente diretamente em sua vida, portanto, ela é uma garota mestiça criada unicamente pela sua mãe branca.
Críticos apontam que essas características são evidenciadas em mais produções da Netflix, pois quando essa traz em suas narrativas personagens birraciais o discurso é costumeiramente o mesmo: mestiços criados por seu responsável solteiro branco, cujo a outra parte não branca, seja figura materna ou paterna, faleceu anos antes ou não é presente ativamente na vida de seu filho, sendo esse um grave problema de roteirização visto também em Para todos os Garotos, o Clube das Babás e A grande Luta, por exemplo.
Apesar das polêmicas, é inegável o sucesso da série que já conquistou inúmeros fãs logo na primeira temporada. Sua segunda parte já foi confirmada e tem previsão de estreia entre fevereiro e março de 2022.
Curiosos para saber o desfecho da história entre mãe e filha, pêssegos?