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Em live, Xuxa diz ser a favor de que remédios e vacinas sejam testados em presidiários

Reprodução/Twitter/BCPolitica
Reprodução/Twitter/BCPolitica

Durante uma live realizada na noite desta sexta-feira, a apresentadora Xuxa disse ser a favor de que testes de remédios e vacinas sejam feitos em presidiários, e não em animais como experimento. A declaração foi dada durante uma entrevista no perfil da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e as informações são do Jornal Extra.

“Acho que, com remédios e outras coisas, eu tenho um pensamento que pode parecer muito ruim para as pessoas, desumano… Na minha opinião, existem muitas pessoas que fizeram muitas coisas erradas e estão aí pagando seus erros para sempre em prisões, que poderiam ajudar nesses casos aí, de pessoas para experimentos”, disse a apresentadora.

Confira o vídeo:

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Durante a entrevista, Xuxa conversou sobre a defesa dos animais e também projetos de leis voltados para o cuidado dos animais. Xuxa ainda citou testes de produtos que são realizados em pessoas que se sujeitam a alguma eventual consequência, mas que estão cientes do que ocorrem. Diferente dos animais.

Xuxa reconhece, porém, que, caso questionem se ela usa ou já usou produtos testados em animais, ela responderia que “quase a vida inteira”. A coisa, para a apresentadora, mudou de figura depois que ela se tornou vegana. Agora, Xuxa procura saber a procedência de determinado produto e tenta evitar usar aqueles que foram testados em animais. Mesmo assim, ela reconhece que é “muito difícil”.

Repercussão negativa

No Twitter, muitos usuários, principalmente negros, criticaram veementemente o posicionamento da apresentadora. Eles alegam que essa ideia livraria os animais do sofrimento, mas o elencaria à população negra.

Segundo o 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2020, dos 657,8 mil presos em que há a informação da cor/raça disponível, 438,7 mil são negros (ou 66,7%). Em 15 anos, a proporção de negros no sistema carcerário cresceu 14%, enquanto a de brancos diminuiu 19%. As informações são do G1 São Paulo.

Ainda: segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2019, cerca de 41,5% da população carcerária é de presos provisórios: pessoas ainda não condenadas. O que torna a ideia da apresentadora de utilizar nos testes presos “que fizeram muitas coisas erradas” inviável.

Confira alguns tuítes sobre o tema:

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